Aurora

Na aurora do amanhã,
dentre suas sapatilhas de dança,
um vermelho doce me povoa.


A pintura de hoje jaz cinzenta
escurece na saudade.
Mas, é do sopro de teus lábios
que faço casa.
Nos ventos eternos faço guia,
à teus braços.


Não se precisa de tanto.
Amar vem em notas
e de seus vários tons,
a bela certeza nasce.


Crepúsculo ascende,
traz consigo a lágrima
que lava a dor da distância
e anseia pelo novo sol do amanhã,
que porta consigo,
a sina de vir…


E assim, seus cabelos,
mais uma vez, vou tocar, meu amor.

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