Fear a’ Bhàta

Séist:
Fhir a’ bhàta, na hóro eile
Fhir a’ bhàta, na hóro eile
Fhir a’ bhàta, na hóro eile
Mo shoraidh slàn leat ‘s gach àit’ an téid thu

‘S tric mi sealltainn on chnoc as àirde
Dh’fheuch am faic mi fear a’ bhàta
An tig thu ‘n-diugh na ‘n tig thu màireach
‘S mar tig thu idir gur truagh a ta mi

Tha mo chridhe-sa briste brùite
‘S tric na deòir a ruith o m’ shùilean
An tig thu nochd na ‘m bi mo dhùil riut
Na ‘n dùin mi ‘n doras le osna thùrsaich?

‘S tric mi faighneachd de luchd nam bàta
Am fac’ iad thu na ‘m bheil thu sàbhailt
Ach ‘s ann a tha gach aon dhiubh ‘g ràitinn
Gur gòrach mise ma thug mi gràdh dhut

Gheall mo leannan dhomh gùn dhen t-sìoda
Gheall e siud agus breacan rìomhach
Fàinn’ òir anns am faicinn ìomhaigh
Ach ‘s eagal leam gun dèan e dìochuimhn’

Ged a thuirt iad gun robh thu aotrom
Cha do lughdaich siud mo ghaol ort
Bidh tu m’ aisling anns an oidhche
Is anns a’ mhadainn bidh mi ‘gad fhaighneachd

Thug mi gaol dhut ‘s chan fhaod mi àicheadh
Cha ghaol bliadhna ‘s cha ghaol ràithe
Ach gaol a thòisich nuair bha mi ‘m phàiste
‘S nach searg a chaoidh gus an claoidh am bàs mi

Tha mo chàirdean gu tric ag innseadh
Gum feum mi d’ aogas a leig’ air dìochuimhn’
Ach tha ‘n comhairle dhomh cho dìomhain
‘S bi tilleadh mara ‘s i toirt lìonaidh

Bidh mi tuille tùrsach deurach
Mar eala bhàn ‘s i an dèidh a reubadh
Guileag bàis aic’ air lochan feurach
Is càch gu lèir an dèidh a trèigeadh

Até logo, meu Amor

Sinto-me longe;

Fecho meus olhos e lembro de teus cabelos…

Lembrança de uma vida passada, de sonhos intermitentes
e lágrimas de um suplício cúmplice de minha distância.

Um grito de silêncio, evocando as águas de toda uma vida.

Aguas que pintam em cores róseas o destino frio,
um caminho sem terra e de notas descompassastes.

Afogo-me numa luta revolta de sentimentos,
nesse oceano profundo de jamais.

Eis que do tenro toque,
do vermelho de teu beijo,
me transborda a coragem de seguir.

E com um simples suspiro,
jaz meu destino inócuo e efêmero.

Então que entendo,
o traçar de meu caminho.

Sois meu ventre, meu ânimo.
Sempre foste, desde o início.

Te espero… Logo…

Quando o céu se fechar, quando as rosas se abrirem,
no vermelho do vento, nesta vida ou na próxima.

Lá estarei, à caminhar, com teu impulso, no perfume de teus cabelos…

Até logo, meu amor.

Soubestes, eu sei

Soubestes as montanhas que cruzei,
as batalhas que travei,
a penumbra que feriu,
e que de coração aberto
sangrei.


Diante do esvair do chão
perdido pós morte,
me encontrei.
Soubestes por onde, eu sei.


Vaguei pelos grandes lagos da solidão,
porão da alma, fundo oceano.
Soubestes nadar ali, falei.


Coragem se faz guia na escuridão
e em seu negro leito,
uma fagulha divina trovei;
Cantastes comigo, eu sei.


A estrela seguiste teu perfume,
teu rastro astral.


Como reencarne iluminei,
um caminho que só eu sei,
pois lá, te encontrei.


Em teu coração morei,
pela eternidade, confiei,
pois, soubestes o que cantei,
quando lhe desejei,
na fontana, eu sei.


Vivestes o mesmo, orei
e com cabelos de fogo, pensei.


Pelas terras de cá,
te encontrei…


Minha cura,
Meu Destino,
Minha Paixão…

O Coração Quebrado

E foi assim que se deu,
o rompimento do meu coração.


Sem aviso, sem indício, sem razão.
E como um raio e trovão,
desci sem corrimão,
para me encontrar novamente neste porão.


Poucos de nós sabemos o que é ser profundo.
Num giro rotundo,
me volto a teu mundo,
tentando me aprisionar
em tudo o que foi bom.


Não posso! Eu sei….
Mas como controlar o que serei,
sem o perfume que respirei,
toda vez que te toquei.


Gritar teu nome eu quero,
pois mais nada espero,
desse mundo sem perdão.


Não adianta suplicar,
pois amor real vem pra ficar.
Saberei te perdoar,
assim que essa lágrima eu derramar
e a maré me portar,
algo novo pra esperar.


Um beijo, adeus.

É Inverno

É inverno;
À pele, um azul dos ventos de cima;
Aos ouvidos, um sussurro maduro pinho,
para incitá-lo à fragilidade
do sal, lágrima singela.


No voar dos pássaros nota-se
a beleza da melancolia.
Algo a se admirar,
nas cores que nos pintam.


Em notas de longe conhecidas,
cantas em meu chamado.
Nuvens róseas se fazem leme,
num universo de distante.


Vermelho fogo me abraça.
Guia meus lábios famintos
a teu encontro,
a teu beijo.


Então me ensinas,
que tudo converge
em teu tom.


À pele, um ardor paixão;
Aos ouvidos, cifras de amor.


Inverno não me há mais.
O infinito cavalguei,
até achar o rubro e doce
de teu olhar.


E assim me acalentas em meu passar,
pois minha única sina,
foste e será,
sempre te amar.