É Inverno

É inverno;
À pele, um azul dos ventos de cima;
Aos ouvidos, um sussurro maduro pinho,
para incitá-lo à fragilidade
do sal, lágrima singela.


No voar dos pássaros nota-se
a beleza da melancolia.
Algo a se admirar,
nas cores que nos pintam.


Em notas de longe conhecidas,
cantas em meu chamado.
Nuvens róseas se fazem leme,
num universo de distante.


Vermelho fogo me abraça.
Guia meus lábios famintos
a teu encontro,
a teu beijo.


Então me ensinas,
que tudo converge
em teu tom.


À pele, um ardor paixão;
Aos ouvidos, cifras de amor.


Inverno não me há mais.
O infinito cavalguei,
até achar o rubro e doce
de teu olhar.


E assim me acalentas em meu passar,
pois minha única sina,
foste e será,
sempre te amar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *